República ou Monarquia: Qual Tipo de Governo é mais barato?


 ​A partir de 1º de fevereiro de 2025, os salários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros de Estado, dos 594 parlamentares (deputados federais e senadores) e dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram reajustados para R$ 46.366,19 mensais.

Para estimar o total mensal gasto com salários e benefícios desses cargos, consideremos:

Presidente da República: 1 x R$ 46.366,19 = R$ 46.366,19

Vice-Presidente: 1 x R$ 46.366,19 = R$ 46.366,19

Ministros de Estado: O número de ministérios pode variar; atualmente, existem 37 ministérios no Brasil. Portanto, 37 x R$ 46.366,19 = R$ 1.715.548,83​

Parlamentares (Deputados Federais e Senadores): 594 x R$ 46.366,19 = R$ 27.537.548,86

Ministros do STF: 11 x R$ 46.366,19 = R$ 510.028,09

Somando esses valores:

Presidente: R$ 46.366,19

Vice-Presidente: R$ 46.366,19

Ministros de Estado: R$ 1.715.548,83

Parlamentares: R$ 27.537.548,86

Ministros do STF: R$ 510.028,09


Total mensal estimado: R$ 29.855.858,16

É importante notar que esse cálculo considera apenas os salários base e não inclui benefícios adicionais, como auxílios e verbas de gabinete. Por exemplo, parlamentares brasileiros podem receber auxílios e benefícios que, somados, podem elevar o custo mensal por deputado para cerca de R$ 170 mil. Além disso, não estão contabilizados os salários de outros cargos políticos e servidores públicos que também compõem o governo federal.​



Comparar o número total de cargos políticos entre o período imperial e a atualidade é desafiador devido às diferenças nas estruturas administrativas e políticas de cada época. No entanto, podemos analisar alguns aspectos para entender as possíveis variações.

Durante o Império do Brasil (1822-1889):


Poder Executivo: O imperador nomeava ministros para diferentes pastas, como Justiça, Fazenda, Guerra, Marinha e Estrangeiros. O cargo de Presidente do Conselho de Ministros foi instituído em 1847, totalizando seis ministros principais. ​

Poder Legislativo: A Assembleia Geral era composta por duas casas:​


Câmara dos Deputados: O número de deputados variava conforme a legislação e a população das províncias.​

Senado: Os senadores eram vitalícios, escolhidos pelo imperador a partir de listas tríplices. O número de senadores correspondia à metade do número de deputados de cada província.

Administração Provincial: O país era dividido em 20 províncias e a Cidade Neutra (capital), cada uma administrada por um presidente nomeado pelo imperador.

No Brasil atual:


Poder Executivo:

Federal: Compreende o presidente, o vice-presidente e 37 ministérios. Além disso, existem aproximadamente 28.182 cargos e funções de confiança no governo federal.

Estadual: 27 governadores e seus respectivos vices, além de secretarias estaduais.​

Municipal: 5.570 prefeitos e vices, com suas secretarias municipais.​


Poder Legislativo:

Federal: 513 deputados federais e 81 senadores.

Estadual: Assembleias Legislativas com número de deputados variando conforme a população do estado.​

Municipal: Câmaras de Vereadores, totalizando aproximadamente 57.942 vereadores.​


Somando todos os cargos eletivos no Brasil contemporâneo, incluindo vices e suplentes, estima-se um total de cerca de 69.620 políticos eleitos.

Conclusão:

Embora seja complexo determinar o número exato de cargos políticos durante o Império devido à falta de registros detalhados, é razoável inferir que a estrutura atual do Brasil republicano, com sua divisão em três níveis de governo (federal, estadual e municipal) e a existência de numerosos cargos eletivos e comissionados, resulta em um número significativamente maior de cargos políticos em comparação ao período imperial.

Uma restauração da monarquia brasileira implicaria na reintrodução de uma estrutura político-administrativa semelhante à do período imperial (1822-1889). Nessa configuração, o país seria governado por um imperador, chefe de Estado e de governo, cujo título seria transmitido de forma hereditária dentro da família real.

A administração do Brasil monárquico era composta por diversos cargos e instituições, incluindo:

Poder Moderador: Exercido exclusivamente pelo imperador, tinha a função de equilibrar os outros poderes, garantindo a estabilidade política e prevenindo abusos.

Poder Executivo: Composto por ministros nomeados pelo imperador, responsáveis por diferentes áreas da administração pública, como Interior, Justiça, Fazenda, Guerra, Marinha e Estrangeiros. 

Poder Legislativo: Constituído pela Assembleia Geral, dividida em duas casas: a Câmara dos Deputados, com membros eleitos, e o Senado, composto por senadores vitalícios indicados pelo imperador a partir de uma lista tríplice.​

Poder Judiciário: Independente, encarregado de aplicar as leis e garantir a justiça, com juízes nomeados pelo imperador.​

Além desses poderes, o território nacional era dividido em províncias, cada uma administrada por um presidente nomeado diretamente pelo imperador, assegurando a presença da coroa em todo o país. 

É importante notar que, embora essa fosse a estrutura durante o período imperial, uma eventual restauração da monarquia nos dias atuais poderia resultar em adaptações significativas para alinhar-se aos princípios democráticos e às necessidades contemporâneas do Brasil.

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